Espero que esses posts sobre “A arte perdida da intecessão” estejam criando um clima de suspense para você também… Porque, certamente, Deus tem muito a falar através dessa história, através daquilo que Ele realizou na vida desse grupo de intercessores. Então, vamos lá… o grupo de 19 intercessores, está visitando a vila de Herrnhut, na Alemanha, onde, certa vez, houve uma torre de oração, onde os morávios oravam durante 24 horas por dia, 7 dias por semana, por mais de 100 anos. E agora, mais de 200 anos depois, esse grupo de oração caminha em um cemitério, por entre os túmulos desses “oradores”.
Sentimos que, por algum motivo, precisávamos simplesmente nos sentar e esperar no Senhor. Sabíamos que o Espírito de Deus queria que orássemos, que lidássemos
com algo, de algum jeito, antes de prosseguirmos. Então, todos nós nos sentamos no meio do cemitério e ficamos esperando. Sei que isso parece muito estranho, mas, por acaso, olhei o epitáfio da sepultura onde estava sentado e senti uma palpitação do Espírito percorrer meu corpo – eu estava sentado na lápide de Christian David, o homem que o conde Zinzendorf chamava de “o Moisés morávio”. Ele fundou a comunidade em 1722, e levou dez grupos diferentes de irmãos refugiados para as terras que o conde tinha doado para a diminuta comunidade cristã. Bem, a lápide de Christian David não estava entre as maiores lápides com inscrições. Novamente: isso foi um acidente? Ou coincidência? Apesar de a razão não explicar essas coisas, não podia simplesmente negar a possibilidade de coincidência a essa altura. Não pude deixar de lembrar que “chaves pequenas abrem portas grandes”.
Como observei anteriormente, tive a sensação de que, à semelhança do que aconteceu no passado com Ezequiel, estávamos sentados no vale de ossos secos, e que Deus estava novamente nos perguntado: “Esses ossos podem voltar a viver?”. Ezequiel fez a correspondência entre os ossos secos que viu e as estruturas quebradas e fragmentadas do judaísmo de seus dias. Estávamos sentados naquele cemitério que marcava um dos esforços mais ricos de oração, devoção e esforço missionário na história da Igreja. Quando o Senhor pareceu nos perguntar novamente: “Esses ossos podem voltar a viver?”, em silêncio começamos a declarar os pecados da Igreja. Confessamos a escassez de oração durante gerações, pecados individuais e os pecados atuais da Igreja. E começamos a confessar que a Igreja tinha deixado cair o bastão do espírito de oração.
Foi um tempo de confissão silenciosa. Não houve nenhuma “agonia profunda”, nem pranto, não houve nenhuma das chamadas “manifestações impetuosas”. Estávamos simples e calmamente declarando nossos pecados diante do Senhor. Depois que se passaram alguns minutos, sentimos que recebemos “permissão” par ir à torre.
“A arte perdida da intercessão”
(James W. Goll - Editora Vida)
Capítulo 5
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