Qual o tamanho da sua fé?
A história que quero compartilhar hoje é sobre uma menina, que deu a Deus tudo o que ela tinha, e influenciou muito mais que sua própria geração.
A pequena Hattie May Wiatt morava em uma casa próxima à igreja que frequentávamos na época, localizada nas ruas Berks com Mervine e hoje ocupada pela Igreja Cristã. Era uma igreja pequena e vivia apinhada; algumas vezes, os bilhetes de entrada eram retirados semanas antes de cada culto. A escola dominical costumava lotar tanto quanto o restante da congregação. Um dia, quando eu descia para a igreja a fim de tomar conta da escola dominical, encontrei várias crianças do lado de fora. Elas estavam extremamente incomodadas porquanto não haviam conseguido entrar por conta do aglomerado de crianças que já se encontrava nas acomodações da escola dominical. Parada ao lado da porta da igreja, encontrava-se a pequenina Hattie May Wiatt. Como morava nos arredores, a garotinha havia levado seus livros e uma doação e hesitava entre voltar para casa e esperar um pouco para tentar entrar mais tarde. Tomei-a nos braços, levantei-a para colocá-la no ombro e, em seguida, assim que ela agarrou minha cabeça – um abraço que nunca poderei esquecer –, passei pelo
corredor lotado e levei-a até a sala da escola dominical. Coloquei-a assentada em uma cadeira que estava mais distante em um canto escuro. Na manhã seguinte, quando me dirigia de casa para a igreja,passei pela casa deles, e ela estava subindo a rua em direção à escola. Ao nos encontrarmos, falei:
- Hattie, em breve teremos uma sala maior para a escola dominical.
- Espero que tenham mesmo – replicou a menina. – A sala anda tão lotada que tenho até medo de ir até lá sozinha.
- Bem… – repliquei – Quando tivermos o dinheiro necessário para construir um prédio para a escola, faremos um local suficientemente grande para acomodar todas as criancinhas. E começaremos a arrecadar esse dinheiro em breve.
Eu falava sobre algo que só existia em minha mente como uma espécie de visão fantasiosa. De qualquer forma, porém, eu desejava conversar com a criança, e aquele era um jeito de puxar o assunto. Depois daquilo, a única notícia que eu tive foi a de que Hattie estava muito doente. Pediram-me que entrasse para vê-la. Entre e orei com ela. Depois, subi a rua, orando pela recuperação da garotinha. Porém, durante todo o tempo, eu tinha a convicção de que aquilo não era para acontecer.
Hattie May Wiatt faleceu. Ela havia ajuntado 57 centavos – algumas pessoas dizem que era m 54 –, valor que ela deixara como contribuição para construir outro prédio para crianças. Após o funeral, a mãe da garota entregou-me a bolsinha com os 57 centavos economizados. Levei-a para a igreja e disse que tínhamos a primeira doação para o novo prédio da escola dominical. Falei que a pequena Hattie May Wiatt, que partira para o Mundo Resplandecente, havia deixado aquela oferta para tal finalidade. Então troquei o dinheiro por moedinhas de 1 centavo e coloquei-as à venda. Recebi aproximadamente R$500 pelos 57 centavos – e as pessoas que os compraram ainda me devolveram 54 centavos. Então mandei emoldurá-los para que pudessem ser vistos e coloquei-os em exposição. trocamos os R$500 por moedas de 1 centavo e, assim, arrecadamos o dinheiro necessário para comprar a casa ao lado da igreja nas ruas Berks com Mervine. Aquela casa foi comprada pela Sociedade Wiatt Mite, fundada com o propósito de ampliar suficientemente os 57 centavos para comprar a propriedade destinada ao Departamento Básico da escola dominical. N sociedade Wiatt Mite, encontrava-se o Sr. Edward O. Elliot (um dos nossos curadores hoje), responsável por essa foto. Na época, ele era um membro.
Assim, quando o público tornou-se tão grande a ponto de não conseguirmos mais entrar lá, surgiu um pensamento que influenciou nossa congregação: “Devemos ter uma igreja maior e uma sala maior para a escola dominical”. A fé em Deus era a característica daquele povo. Eles disseram: “Vamos conseguir” apesar do fado de a igreja já ter um financiamento de R$60 mil, acredito eu, e de não termos nenhum dinheiro para dar de entrada. Ainda assim, era muito forte a certeza de que precisávamos construir uma igreja maior, e alguns se arriscaram, apesar de parecer absurdo na época, a dizer que poderíamos “ampliá-la em algum lugar da rua Broad”. Contudo, utilizando-se da influência do primeiro depósito de Hattie May Wiatt, a Sociedade Wiatt Mite arrecadou o dinheiro para pagar a casa, por assim dizer. Então, tínhamos a seguinte incumbência: decidir se sairíamos e tentaríamos construir uma igreja grande. Fui conversar com o Sr. Baird, que morava na esquina onde atualmente são realizadas as reuniões da Associação Atlética Alemã, e perguntei-lhe quanto ele queria pelo terreno onde hoje se situa o Templo.
Ele disse que queria R$60 mil. Falei que tínhamos apenas 54 centavos, mas éramos loucos o bastante para pensar que aquele terreno ainda nos pertenceria um dia. Estimulado pelo que ele dissera e sem qualquer oposição por parte do Conselho de Diáconos, fui vê-lo novamente. Perguntei-lhe então se ele não poderia guardar o terreno durante cinco anos. O Sr. Baird respondeu: “Tenho refletidoBaird. Ele e deu um recibo como parte do pagamento pelo terreno. Posteriormente, o Sr. Baird devolveu os 54 centavos como outra oferta. Dessa forma, compramos o lote e, incentivados por Deus a cada passo, prosseguimos na construção do prédio. Na época em que foi concluído, devíamos cerca de R$200 mil. No entanto, tivemos coragem e fé em Deus. Dificilmente teríamos imaginado que, nos vários anos que se seguiram, esse povo, desprovido de riqueza, conseguiria quitar uma dívida tão grande sem ajuda externa, mas dando apenas o que cada um tinha condições de dar. A única ajuda externa que de fato recebemos foi a do Sr. Bucknell. Embora nossa igreja fosse chama de Igreja Batista da Graça na época, ele não queria que chamássemos o novo prédio de igreja até que a hipoteca tivesse sido quitada. Ele doou R$20 mil com a condição de chamarmos o novo prédio de qualquer nome que não fosse Igreja Batista da Graça, e esse é o motivo pelo qual o chamamos de “O Templo”, em lugar de “Igreja da Graça”. Mais tarde, na ocasião em que quitamos as parcelas do financiamento, consagramos o prédio e, hoje, temos o direito de chamá-lo como quisermos. Porém, depois de ter sido chamado assim por 21 anos, não há por que trocar de nome, e, se precisássemos prometer, diríamos que não esperamos fazê-lo. Ele sempre será conhecido como “O Templo”. Devo afirmar também que a Universidade do Templo foi fundada na casa comprada com o dinheiro obtido com a venda dos 57 centavos.
Parte do sermão realizado por Russel H. Conwell;
distribuído no VI Encontro Nacional UDF 2010
Na paz e no amor do Senhor,
Ester Hansen
Só não entendi como se vende 57 centavos...
ResponderExcluirMas a história é surpreendente!!!!
A história é incrível, né?
ResponderExcluirAgora, a venda dos centavos... é só um palpite, mas vc pode leiloar cada centavo, o que acha?