Os primeiros índios americanos tinham uma prática singular no treinamento de guerreiros. Na noite do aniversário de treze anos de um rapaz, depois que sua força e maturidade tinham sido testadas por várias provas na caça, na pesca e na arte de sobrevivência, ele era colocado no centro de uma floresta densa para passar uma noite inteiramente só. Era o equivalente a um bar mitzvah ou confirmação na tradição judeu-cristã, o sinal de que tinha chegado à vida adulta.
Dentro de um tronco de madeira tão grossa que nem mesmo o luar podia penetrar, ele era abandonado aos terrores da escuridão. Cada pequeno ramo que estalasse parecia com um animal selvagem pronto para atacar. Durante a noite, ele olhava ansiosamente em direção ao leste, esperando a alvorada. Depois do que parecia mais com um mês do que com um noite apenas, o primeiro raio de luz do sol começava a expor o interior da floresta. Lentamente o rapazinho começava a distinguir os arbustos, as flores, o caminho.
Então, para seu total assombro, ele via o paí de pé, a apenas alguns metros de distância, escondido atrás de uma árvore, armado de arco e flecha.
Você não acha que o rapaz pensou: "Ah, se eu soubesse que meu pai estaria lá, não teria tido medo de nada"? Centenas de anos mais cedo, Jesus tinha dito para Pedro, que afundava, e aos discípulos horrorizados sobre as águas no lago de Genesaré; "Onde está a fé de vocês? Não sabaem que meu Pai celestial fica ao lado de vocês noite e dia, armado não com arco e flecha, mas com o amor e o poder de seu Espírito para repelir qualquer perigo?".
Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa. (Isaías 41:10)
Meditações para Maltrapilhos
Brennam Manning - Editora Vida
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