Havia dois trabalhadores no campo; enquanto um cavava e tirava a terra, fazendo uma pequena cova, o outro o seguia cobrindo a cova com a terra. Essa operação se repetia vez após vez.
Chegando ao final do campo, os dois trabalhadores voltavam, fazendo a mesma coisa: um cavava e tirava a terra, fazendo uma pequena cova, e o outro seguia cobrindo a cova com a terra.
Um jovem que passava por perto, assistindo à cena, intrigado, perguntou:
- O que vocês estão fazendo? Por que vocês estão fazendo buracos e cobrindo-os logo em seguida?
Os dois responderam:
- É que tá faltando um de nós; o segundo trabalhador ficou doente e não tem ninguém pra fazer o serviço dele; é ele que coloca as sementes no buraco.
Moral da história: mesmo fazendo a nossa parte, nem sempre isto é suficiente para que o trabalho seja concluído de forma satisfatória...
É claro que, como vimos na história do beija-flor, é importante cada um fazer aquilo que pode e tem capacidade para fazer.
Mas, como cristãos, nós fazemos parte de um Corpo. E, para que um Corpo funcione adequadamente, todos os membros precisam trabalhar juntos.
No corpo humano, quando uma parte não funciona como deve, todos os outros órgãos vão se adaptar para, de alguma forma, suprir aquela carência. É o que acontece com as pessoas portadoras de deficiência. Por exemplo, para quem os olhos não funcionam, mas o tato é muito mais desenvolvido.
No Corpo de Cristo, deve acontecer o mesmo... Não devemos cumprir apenas a nossa obrigação e esperar que os outros façam a sua e isentar-se quando não é feito. Senão, como na história dos dois trabalhadores, vai ser simplesmente cavar e tapar buracos, mas nenhuma semente será plantada. Devemos, sim, cobrir uns aos outros, para que o verdadeiro Propósito seja cumprido.
Na paz e no amor do Senhor,
Ester Hansen
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