Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
(Salmo 139: 7,8,10)
Quantas vezes já não lemos este salmo e nunca paramos para compreender seu real significado?
Mas esses 33 homens que se tornaram o centro da atenção mundial nesses últimos dias sabem o que é "fazer a cama no inferno". Por 69 dias, não podiam ver a luz do sol, nem seus familiares ou amigos; não podiam sair nem para uma caminhadinha; tiveram de dividir um pequeno espaço de 50 m² para cama, mesa e banho...
O que cada um de nós faria numa situação semelhante? Nos revoltaríamos contra Deus, amaldiçoando o nome dele? Ou agradeceríamos a Ele, porque, pelo menos, estariamos vivos?
Esses homens optaram por ter esperança. Com certeza, buscaram a Deus. Os dizeres na camiseta que eles estavam usando ao sair confirmam. Joelhos dobrados e mãos levantadas de alguns também. Tiveram a oportunidade de refletir sobre a vida eterna; alguns tomaram decisão de casar-se (ou seja, aceitar o "esquema" criado por Deus). O mundo inteiro se emocionou ao ver a gratidão que brotava do coração deles pelo final feliz, graças a Deus.
Com eles aprendemos uma lição: precisamos rever nossos valores em relação ao Reino de Deus e à nossa postura diante dEle cada dia. E não importa se estamos no cume do monte ou no mais profundo dos vales, Ele está conosco!
A propósito: Chile começou o ano de 2010 sofrendo as consequencias de terremotos violentos. E agora, foi chacoalhado com essa tragédia. Mas é reconfortante saber que Deus cuidou deles, pois como aconteceu com apóstolo Paulo quando naufragou.
Na paz e no amor do Senhor,
Ester Hansen
Eu assisti trechos do resgate desses homens, e isso me fez pensar:
ResponderExcluirG.K.Chesterton, um importante pensador cristão do século XX, escreveu em um de seus livros que o ateu fica maravilhado, vislumbrado, grato, mas não tem a quem agradecer, a quem louvar.
Diante do "final feliz" do episódio "mineiros do Chile", é bom crer em um Deus invisível mas real, e poder dirigir-lhe os louvores e os agradecimentos. Para nós cristãos, é uma alegria maior ver pela TV as imagens do resgate e poder dizer "glória a Deus", poder derramar lágrimas de gratidão a Deus, porque Ele preservou a vida de cada um desses 33 mineiros; nenhum se perdeu.
Aleluia! O Senhor abençoou com tempo bom tanto a noite em que começou o resgate, a madrugada e durante o dia também. E graças a Deus não teve nenhum terremoto ou avalanche ou coisas piores pra estragar o processo de resgate nesses mais de 2 meses...
Outra coisa que me veio à mente em relação à esse episódio dos mineiros no Chile é o que diz o autor Philip Yancey, que, para os reducionistas, ou seja, para aqueles que adotam as teorias científicas "sacramentadas" e crêem que o ser humano é fruto da evolução e que, devido à seleção natural, os mais capacitados são mais aptos a sobreviver, não haveria motivo para se preocupar com as vítimas das tragédias.
ResponderExcluirPorém, eles não conseguem explicar a teimosia humana em querer salvar o próximo, em querer investir $$$ para salvar algumas poucas pessoas. Por que se preocupar com o outro, se todos somos frutos do acaso, um conjunto de partículas a mais nesse imenso Universo?
Mas nessas horas da tragédia, o egoísmo e a competição dão lugar ao altruísmo e à cooperação. Nessas horas ajudamos o outro porque disso depende a própria sobrevivência, argumentariam alguns. E que a fé também seria um recurso mental para sobrevivência.
Que bom poder crer em Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra, mas também, Pessoal, que se importa com cada um de nós, e nos ama! E que deixou embutido no ser humano a "sua imagem e semelhança", característica essa que se manifesta muito mais nessas horas difíceis!... Por que o mundo inteiro torcia pra que desse certo o resgate dos mineiros do Chile? Porque no fundo, no fundo, todos desejamos o bem do próximo e isso é "imagem e semelhança de Deus"; não dá pra creditar ao conjunto de moléculas (apenas) que somos nós esse sentimento tão humano...