"Venha o Teu reino."
Assim como a frase "Nosso Pai", ou "Meu Pai", que Jesus usava tão frequentemente, esta também esta em primeiro lugar em seu pensamento e ensinos. Assim, também, as frases "O Reino de Deus" ou "O Reino dos Céus" tinham prioridade em seu pensar.
Não é de admirar, então, que Ele introduzisse esse tema na Sua oração. Era um conceito tão importante, que Jesus transformou em uma petição proposital a Deus, Seu Pai: "Venha o Teu reino"!
Mas, que Reino é esse?
Cristo explicou claramente que o Reino de Deus é mais que uma instituição de composição física, é também uma estrutura que não pode ser compreendida com as faculdades comuns e finitas de qualquer pessoa.
Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus
respondeu: "Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! ou Lá está! porque o reino de Deus está dentro de vós" (Lucas 17:20-21).
Quando Jesus pronunciou o simples pedido a Seu Pai, "Venha o Teu Reino", Ele não estava somente pensando no reino Messiânico (aquele que os judeus esperavam, e que destruiria os estrangeiros e libertaria Israel outra vez). Ele estava, também, convidando o Pai para estabelecer a Sua Realeza nos corações e vidas dos homens.
Em verdade, quando qualquer pessoa pronuncia esta oração, se é feita com sinceridade, ela transmite o convite para ter a soberania divina e o governo de Deus estabelecidos na vida humana.
Talvez, outra maneira de expressar este pensamento com mais clareza, será dizer que estamos pedindo que a Realeza de Deus e Sua soberania sejam supremas em nossa vida pessoal, particular e nos anos futuros.
E assim é que nosso Senhor ao dizer nesta oração: "Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu reino", significa, "Oh, Deus, nosso Pai, que és o Governador do céu e da terra, cuja autoridade é completamente suprema no universo, vem e estabelece a Tua realieza nos corações dos homens sobre toda a terra."
Ora, esta é uma afirmação muito simples, afirmação que qualquer pessoa pode dizer com muita eloquência.
Por milhares e milhares de verzes, ela tem sido feita sem nenhuma intenção séria de que aconteça. As pessoas oram, mas não pensam no seu significado.
É arriscado demais. A grande maioria reluta totalmente em entregar a soberania de suas vidas a Deus. Não existe a intenção de ulquer abdicação do trono da vontade íntima e dos seus corações ao Rei da Glória. Els não estão mais preparados ou dispostos a aceitar a direção de Cristo do que aqueles que gritaram na Sua crucificação: "Não temos rei, senão Cesar!"
Desde a nossa meninice, a maioria de nós acredita que somos rei do nosso próprio castelo. Determinamos nosso próprio destino; resolvemos nossos próprios negócios; governamos nossas próprias vidas. Tudo circula ao redor do epicentro de: EU, ME, MINHA, MEU.
Mas, quando oro, "Venha o Teu reino", estou desejoso de renunciar ao governo da minha própria vida e meus negócios, e abster-me de tomar minhas próprias decisões, a fim de permitir que Deus, pelo Seu divino Espírito, decida o que deverei fazer.
Meditações de um leigo sobre o Pai Nosso
(W. Phillip Keller - Editora Vida)
Capítulo 4
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