"Santificado seja o Teu nome"
A palavra SANTIFICADO tem sido usada na maioria das traduções da Bíblia para transmitir a idéia do que Cristo estava ensinando aqui. Infelizmente, SANTIFICAR não está em uso comum hoje em dial. Ela é associada com a palavra SAGRADO que parece ser totalmente mal compreendida pelos leitores modernos. Para nós, se dissermos, "Pai que estás nos céus, que o Teu nome seja sagrado" parece soar muito trivial, muito antigo.
O que poderíamos dizer em linguagem moderna seria algo como isto: "Que Tu sejas honrado, venerado, e respeitado pelo que Tu és. Que a Tua reputação, nome, pessoa e caráter seja conservados sem mancha, contaminação ou impurezas. Que nada possa ser feito para degradar ou difamar Tua memória."
A sociedade hoje não é diferente daquela dos dias de Jesus, quando Ele ensinou esta oração a Seus discípulos. Não importa a que geração pertencemos, os homens e mulheres não mais reverenciam, nem respeitam o nome e pessoa do Excelso Deus. Esta é a razão,
em parte, por que foi importante para Jesus introduzir esta frase na oração.Sem consideração de qual camada social em que nos movemos, é muito comum as pessoas macularem e infamarem o nome de Deus. O Seu nome é usado em blasfêmias, em gracejos imorais, Seu caráter é satirizado e ridicularizado, Sua pessoa é muitas vezes insultada e ofendida da mesma maneira como aconteceu com Cristo durante Seu julgamento.
É maravilhoso notar que entre os primeiros dez mandamentos dados por Deus aos homens foi incluído aquele: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão" (Êxodo 20:7)
Dessa maneira, Jesus Cristo estava reafirmando este pensamento, quando em Sua oração disse: "Santificado seja o Teu nome." Isto naturalmente aplica-se àqueles de nós que, mais pelo amor e estima pelo nosso Pai celestial, do que por um sentido de dever à lei, desejamos assim fazer. Não somente desejamos isso, mas muito mais, cuidadmos para que o Seu maravilhoso nome seja honrado.
E uma das formas de honrar o nome de Deus é através da nossa própria vida. A vida pessoal e linguagem de qualquer um que diz estar relacionado com Deus são objetos de um exame contínuo pelo mundo que nos presencia. Por mais estranho que pareça, eles requerem de nós a perfeição. A atitude dessas pessoas normalmente é: "Se você diz que é filho de Deus, então viva como Ele é!" Sem dúvida, o proprio Cristo estava interimante consciente desta atitude. Essa é a razão pela qual Ele incitou Seus discíçulos a viverem uma vida em tal elevação e nobreza espirituais que os homens "vejam as vossas boas obras e glorifiquem a nosso Pai que está nos céus" (Mateus 5:16).
Na verdade, esta é uma ordem muito elevada, porque a natureza humana não é perfeita, as pessoas acham falhas nas melhores criaturas. É impossível agradar a todos. O próprio Jesus, por causa de Sua atitude sincera, bondosa e confortante para com os costumes do Seu tempo, foi chamado de "glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!"
Porém isto não desculpa os filhos de Deus de viverem de tal maneira que o nome de seu Pai seja honrado em sua vida e conduta. É como se devêssemos orar cada manhã "Pai, a Tua reputação está revestida em mim hoje. Faze-me viver de tal modo que o crédito seja Teu. Que nas minhas atitudes, os homens possam ver a Ti, e assim honrar o Teu nome".
Grande ênfase é colocada na reverência e respeito a Deus, nosso Pai, em todo o Antigo Testamento, especialmente nos Salmos e Provérbios. É insistementemente repetido que, honrar a Deus e conceder-Lhe prioridade em nossa vida é o princípio da sabedoria e a base de todas as bênçãos que vêm dos altos céus.
A nossa mais pequenina ação em honrar a Deus e elevar o Seu nome, embora mínima que possa parecer, produz uma resposta imediata de amor no grande coração de nosso Pai no céu. Somos envolvidos pela Sua presença sublime por meio do Seu Espírito. Descobrimos que nossas vida estão enriquecidas pelas bênçãos incontáveis, além de nossas mais ardentes esperanças. Isto é o que acontece com nosso Pai quando o Seu nome é honrado, reverenciado, SANTIFICADO.
Meditações de um leigo sobre o Pai Nosso
(W. Phillip Keller - Editora Vida)
Capítulo 3
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