"Faça-se a Tua Vontade..."

"Faça-se a tua vontade"

A vontade de Deus.        Qual é?

A vontade de nosso Pai.       Pode-se conhecê-la?

A eterna vontade do eterno Deus.      Será ela feita?

Pode ser executada e cumprida por qualquer mortal? Pode a vontade de Deus tornar-se de importância suprema aos homens autoritários e obstinados?

Tradicionalmente é verdade dizer que milhões de homens e mulheres têm repetido estas quatro palavras ("Faça-se a tua vontade") sem ter a mínima ideia do que é a vontade de Deus. É ainda mais sério pensar que um maior número de pessoas as tenham repetido sem nenhuma intenção de procurar entender que a vontade de Deus seja fitoa, mesmo que a tenham conhecido. Desse modo, tem havido muita repetição em vão e sem significado, de uma frase que possui realmente uma enorme importância para o cristão.

E bom lembrarmos que esta é exatamente a prática que Jesus advertiu aos seus discípulos que não
cometessem, justamente antes de ensinar-lhes a Sua oração. Ele disse muito claramente: "E, orando, não useis de vãs repetições como os gentios; proque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos" (Mateus 6:7).

Muitos de nós não consideramos com seriedade o que dizemos quando repetimos essas palavras. Não temos a inteção ardente de que a vontade de Deus seja feita. É apenas uma frase agradável e piedosa que passa pelos nossos lábios levemente.

No entanto, a tremenda verdade é que a vontade de Deus e a sua prática são as mais importantes atividades em todo o mundo. A vontade de Deus é de tal magnitude e majestade que eclipsa todos os outros conceitos da vida cristã. Fazer a vontade de Deus é um tema central, gigantesco, que deveria dominar as vidas de todos os filhos de Deus.

Foi por essa razão que Jesus a colocou bem no meio desta oração. Ela é o tema central ao redor do qual todos os outros estão agrupados. Esse tema foi, é, e sempre será a estrela polar pela qual a Sua vida foi vivida. Para que Ele veio ao mundo? Fazer a vontade de Deus. Por que Ele, o Filho de Deuys, entrou no palco da história da humanidade? Para fazer a vontade de Deus. Por que se dignou nascer entre os homens; crescer como um homem, um carpinteiro; ajudar-nos como um profeta peregrino; morrer deliberadamente por nós, pecadores, Aquele sem pecado; ser sepultado e ressurgir; voltar aos céus? Tudo isso foi cumprido para fazer a vontade do Pai.

Muitas e muitas vezes, Jesus enfatizou este fato em Sua vida terrena. Por exemplo, em João 6:38, Ele declara: "Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade; e, sim, a vontade daquele que me enviou."

No jardim do Getsêmani, onde Ele se dofrontou com a gigantesca decisão de vida ou morte no Calvário, a luta titânica foi resolvida pela afirmação decisiva: "Não se faça a minha vontade, e, sim, a tua". É somente pela razão, desde o coemço até o fim, de ter vivido a Sua vida inteiramente dentro deste conceito, que Ele pôde ser aclamado e confirmado como o Cristo.

Meditações de um leigo sobre o Pai Nosso

(W. Phillip Keller - Editora Vida)

Capítulo 5