Por 50 dias, estivemos orando pela igreja perseguida. No dia
em que a campanha foi lançada (19/junho), no culto da igreja em que congregamos,
houve uma pequena representação (teatrinho). Nela, um soldado convertido tinha
de ler a Bíblia às escondidas; ao ser pego pelo superior, exigia-se lhe que
jogasse fora aquele livro e não professasse a fé em Jesus Cristo. Por negar as
ordens superiores, passaria por torturas e prisão. A cena da metralhadora apontada para o soldado exigindo que
negasse a fé ficou gravado em minha mente. Então pensei: em alguns lugares do
mundo, os cristãos sofrem ameaça com arma física; são os países classificados
pela Missão Portas Abertas como aqueles onde existe a “igreja perseguida”.
Mas
pensando melhor, a igreja no mundo inteiro é perseguida; no mundo ocidental e
livre, pode não haver arma física pra fazer o jovem cristão negar sua fé, mas
há armas invisíveis fazendo-o calar seu testemunho: “pagar o mico”. A pressão
dos colegas, da cultura, dos padrões sociais, ou mesmo dos ensinamentos
contrários à cosmovisão bíblica ameaçam constantemente os nossos jovens a, no
mínimo, esconder a fé. É difícil encontrarmos nas escolas e nas faculdades
pessoas que assumam a fé genuína: quem assume, diante dos colegas, que vai
continuar virgem até o casamento, que não vai namorar ninguém a não ser o
futuro cônjuge, que vai se abster das drogas, das bebidas e das baladas mesmo
que isso seja careta e seja motivo de bullying ou de não ter amigos, que vai
assumir o criacionismo diante dos professores ateus...
Nos países onde há igreja perseguida, os pais cristãos são
sequestrados; na nossa sociedade livre, também, os pais são sequestrados – pelo
separação e/ou divórcio, pela
carreira profissional dos pais, pelas faculdades
e pós-graduações em que os pais se envolvem depois de um dia inteiro de
trabalho... muitos filhos não tem a presença de seus pais nem durante o dia nem
durante a noite. E o que o diabo oferece como “consolo” (babá) para esses
filhos? Videogames e computador, namoro precoce, drogas, baladas para se embebedar e ficar,
ficar e ficar. Resultado: vidas estragadas em pouco tempo. Isso não acontece só
com o mundo, acontece com pessoas da igreja também.
A campanha dos 50 dias orando pela igreja perseguida
encerrou, mas a necessidade por oração continua. E lembrem-se, toda a igreja (a
verdadeira, a noiva do Senhor) é perseguida. Em Apocalipse 12, há um quadro da
mulher tendo de fugir porque há um dragão atrás dela. E por que o dragão a
persegue? Porque quer pelejar contra “os que guardam os mandamentos de Deus e
têm o testemunho de Jesus (Apocalipse 12:17). O versículo fala também que o dragão fica
irado.
É inegável a perseguição do dragão contra a noiva do Senhor,
contra os santos, os que guardam os mandamentos de Deus e o testemunho de
Jesus. A gente quase que sente na pele, ao ouvirmos notícias não publicadas
pela mídia normal, mas denunciadas por anônimos, que não se conformam com o
mercado de crianças vendidas à escravidão de sexo, poligamia de adultos com
crianças que nem chegaram à puberdade (pedofilia permitida culturalmente em
alguns países), e tantas outras maldades.
Precisamos orar, orar e orar. Orar para que os dias sejam
abreviados por causa dos escolhidos (Mateus 24:22). Orar para que todos possamos
perseverar até o Senhor Jesus voltar.
Na paz e no amor do Senhor,
Rebeca e Ester Hansen
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