O autor Philip Yancey, em seu livro "O Deus (in)visível" cita vários exemplos do que ele aprendeu em sua busca para que o Deus invisível que ele serve e adora pudesse se tornar uma parte mais real e constante em sua vida.
O trecho transcrito abaixo é um desses exemplos - daquilo que ele aprendeu, e de como sua familia praticava...
Também aprendi a respeito da lembrança consciente com o
irmão Lawrence, cozinheiro de um mosteiro do século XII, que escreveu o
clássico devocional The practice fo the
presence of God [A prática da
presença de Deus]. Para o irmão Lawrence, a frase “praticar a presença de
deus” era algo como a pratica da medicina ou da lei. Para os noviços, está mais
para a prática do piano: se praticar bastante, especialmente escalas e
exercícios para agilizar os dedos, talvez chegue lá.
O irmão Lawrence realça nossa necessidade da ajuda de Deus e
então pergunta abruptamente: “Mas como lhe pedir sem estar com ele? E como
estar cm ele sem pensar nele com frequência? E como pensar nele com frequência
sem adquirir o hábito santo de fazê-lo?” o irmão Lawrence propõe então uma
resposta:
“Ele não pede muito de nós: uma
lembrança de quando em vez, um pequeno ato de adoração, depois, implorar sua
graça, oferecer-lhe nossas aflições num momento e, em outro, dar graças pelos
favore concedidos em meio a lutas, encontrar consolo nele sempre que possível.
À mesa e no meio da conversa, elevar a ele seu coração vez por outra. A menor
lembrança sempre o agradará. Não é necessário, nesses momentos, clamar em voz
alta. Ele está mais perto do que pensamos”.
O irmão Lawrence cita meios práticos para “oferecer seu
coração a deus de vez em quando, no decorrer do dia”, mesmo no meio de tarefas,
“deliciar-se com ele, ainda que seja de passagem, como que furtivamente”. A
profundidade da espiritualidade, segundo Lawrende, não depende de mudar as
coisas que vc faz, mas, antes, de fazer para deus o que normalmente faz para si
mesmo. Lawrence evitava retiros espirituais porque achava fácil adorar a Deus
tanto em meio a suas taregfas diárias quanto no deserto.
Evidentemente Lawrence praticava o que pregava. Em um elogio
fúnebre, seu abade escreveu: “O bom Irmão encontrava Deus em toda parte,
consertando sapatos, ou orando com a comunidade.. [...] Era Deus, e não sua
tarefa, que ele tinha em vista. Sabia que, quanto mais a tarefa fosse contra
suas inclinações naturais, maior seria seu amor em oferece-la a Deus”.
O último comentário tocou minha esposa profundamente. Quando
ela leu o livro, trabalhava com idosos no centro de Chicago, e às,vezes seu
trabalho exigia tarefas que contrariavam as inclinações naturais de qualquer
pessa. Qunao tinha de limpar um idoso com incontinência ou arrumar um quarto
após uma morte desagradável, lembrafva-se da fórumula do irmão Lawrence.
Com
algum esforço, mesmo a limpeza de um banheiro pode ser oferecida a Deus.
O Deus (in)visível - Editora Vida
Na paz e no amor do Senhor,
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