É muito fácil nos relacionarmos com aqueles que somos capazes de ver. É fácil conversar quando podemos olhar nos olhos da outra pessoa ou, pelo menos, ouvir sua voz... Por isso, também, é muito mais fácil de se desenvolver uma amizade - vendo, falando, ouvindo, tocando a outra pessoa...
Mas, como podemos aplicar isso a Deus? É necessário muito mais esforço para desenvolver um relacionamento, umaamizade com um Deus que é invisível...
O autor Philip Yancey, em seu livro "O Deus (in)visível" fala sobre essas perguntas - "Como podemos nos relacionar com um Deus que não podemos ver, ouvir e tocar"...
Assim, no trecho que transcrevi abaixo, ele dá alguns exemplos de como ele tentou aplicr isso em sua própria vida...
Que possamos refletir sobre isso, e pedir a Deus estratégias para que, ainda que invisível, possamos torná-lo uma parte mais integrante de nossas vidas...
O primeiro grande mandamento exige que amemos a Deus, o que
fazemos melhor quando conscientes do seu grande amor por nós. Thomas Merton
observa: “A ‘lembrança’ de Deus, sobre a qual cantamos nos salmos, é
simplesmente o redescobrimento de que Deus se lembra
de nós”. Fica mais fácil lembrar de Deus quando cremos que ele se importa conosco, de maneira pessoal e
infinita.
Devo pedir e continuar pedindo a fé necessária para crer que Deus se
deleita e quer se relacionar comigo. Por esse e por outros motivos, estudo a
Bíblia não apenas para dominar uma grande obra literária ou para aprender
teologia, mas para encharcar minha alma com a mensagem inevitável do amor e do
interesse divino.
Alguns gostam de se ajoelhar ou se colocar em uma posição
diferente. Sempre consciente da barreira da invisibilidade, procuro maneiras de
destacar a realidade de Deus. Com frequência tomo café enquanto oro, pois me
parece natural conversar com um Deus invisível do mesmo jeito que converso com
amigos visíveis. Ou faço uma caminhada. A paisagem me dá muitos motivos para
orar: a vida exuberante da primavera que brota em galhos secos ou o inverno que
cobre as estradas lamacentas com um manto branco brilhante. Quando passo pelas
casas dos vizinhos, as necessidades deles e de otras pessoas me vêm raidamente
à mente.
No decorrer do dia, preciso de incentivos para me lembrar
conscientemente. Por um tempo, ajustava o despertador para me chamar de hora em
hora. Parava o que estava fazendo, refletia sobre a hora que tiha acabado de
passar e lutava para praticar a presença de Deus na hora seguinte. Depois,
fiquei sabendo que, sem querer, empreguei a antiga técnica dos monges
beneditinos, que paravam para fazer uma oração toda vez que o relógio batia.
Com a ajuda desses lembretes durante o dia, pensar em Deus pode gradualmente
tornar-se um hábito.
Philip Yancey
O Deus (in)visível - Editora Vida
Capítulo 16
Na paz e no amor do Senhor,
Ester Hansen
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