Um BLOG de incentivo à oração...

Quantas vezes você se sentiu tentado a seguir com a corrente, porque nadar contra a maré era simplesmente muito difícil? Quantas vezes você se sentiu pressionado a abrir mão de seus princípios e de sua fé para não ser marginalizado pelo seu grupo de amigos? Quantas vezes você já olhou para os lados e experimentou aquela sensação de estar sozinho, mesmo estando rodeado por uma multidão?

Não se desanime! Você não está sozinho! O Senhor mesmo já disse que Ele tem separado muitos outros que também não se renderam, nem abriram mão de sua fé.

É por isso que este espaço foi criado:

- para compartilhar testemunhos, impressões e experiências de nossa caminhada com Deus;

- para edificar uns aos outros e incentivar a permanecer firmes na fé;

- para desafiar cada um a ser um aventureiro espiritual, ou seja, a arriscar na fé e a orar orações extravagantes;

- para, juntos, intercedermos por nosso país e por outros países, ainda não alcançados por Deus;

- para, juntos, esperarmos pela volta do Senhor Jesus!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A vida é feita de escolhas

“Jovens, eu lhes escrevi, porque vocês são fortes, e em vocês a Palavra de Deus permanece e vocês venceram o maligno.“ I João 2.14


Os jovens cristãos do século 21 não têm desculpas para não fazer deste, um mundo melhor. Nós temos uma causa pela qual lutar; temos um livro que nos dá estratégias para isso; temos até as redes sociais para nos auxiliar e mais: temos a força descrita em I João 2.14. Então, o que estamos esperando?
O que é necessário para uma sociedade mais justa e igualitária? Do que é que um país precisa para acabar com a corrupção e o alto índice de desemprego? Quem pode mover uma nação em torno de um mesmo ideal revolucionário e de um objetivo específico? Como acontece uma revolução? Talvez as respostas mais óbvias sejam: uma melhor distribuição de renda, um sistema de leis mais rígido, uma moeda forte e um amplo mercado de trabalho com mão de obra especializada e capacitada. E, por fim, um exército revolucionário bem armado, que tome o poder (golpe de estado) e implemente mudanças significativas. Essas respostas são boas e, até certo ponto, verdadeiras, mas devem ser o resultado das mudanças sociais – e não a causa.


Após décadas vivendo debaixo de ditaduras militares, jovens de vários países do mundo árabe foram às ruas protestar contra seus governos, num episódio conhecido como “primavera árabe”. O que teria motivado esses jovens? E o que os ajudou a formar um movimento de protestos tão bem integrado e coeso? Há duas explicações básicas para isso. Em primeiro lugar, foi a iniciativa de um único jovem: no dia 16 de dezembro de 2010, um jovem comerciante de 26 anos, da Tunísia, chamado Mohammed Bouazizi, ateou fogo ao próprio corpo em protesto aos abusos que vinha sofrendo por parte das autoridades tunisianas. O jovem morreu 23 dias após sua internação. Em segundo lugar, foi o alcance das redes sociais(facebook, twitter, blogs, sites), que ligam os jovens nas mais diferentes partes do mundo.
A morte do jovem Bouazizi foi o estopim para as revoltas na Tunísia. Isso desencadeou revoltas nos demais países da África, como Egito, Líbia e Argélia, e do Oriente Médio, como Bahrein, Síria, Iêmen, Omã, entre outros. O ano de 2011 viu a queda de vários ditadores e a possibilidade de se escrever uma nova história nos países árabes. Após mais de um ano do início das manifestações, o único país que conseguiu eleger um primeiro-ministro de modo democrático foi a Tunísia. Nos outros há ainda um clima de incertezas e indefinições.
A despeito dos rumos que tome a política desses países, durante as revoltas foi possível ver cenas raras, em que jovens muçulmanos e cristãos foram às ruas protestar e lutar pelos mesmos ideais, por objetivos comuns. Não eram os laços religiosos que os uniam, muito menos laços políticos – pois não carregavam bandeiras ou estandartes de partidos políticos – mas o senso de justiça e liberdade. É bom ressaltar que, nesses países, há uma clara divisão, além de tensão religiosa, entre as diferentes correntes islâmicas e entre elas e os cristãos. Porém os jovens deixaram seus interesses individuais e preferências religiosas para trás para lutar lado a lado por objetivos comuns.

Jovens cristãos ampliam sua visão


Abella*, uma jovem síria de 20 e poucos anos, compartilhou com alguns colaboradores da Portas Abertas sobre como Deus mudou seu ponto de vista durante a Primavera Árabe: “No início, fiquei com muito medo. Todas as noites, quando eu ia me deitar, temia muito por causa de todas as notícias que vi na TV”. Ela pensava que a situação para um dia li um texto que me lembrou do nome do coral que faço parte: ‘Coral da Paz’. O nome do grupo me fez pensar sobre como eu poderia ser parte do ‘Coral da Paz’ sem ter paz em meu coração como cristã?”. Abella orou e passou um tempo conversando com Deus a respeito disso. “Eu compreendi que a minha paz vem do céu e não da terra. Eu oro para que outras pessoas também recebam essa paz em seu coração.”
Outra jovem cristã, Leah*, disse que, com todos os tristes acontecimentos em seu país, ela descobriu a importância da oração em conjunto. “Antes, não achava que fazia diferença. Então, comecei a ver como o povo de Deus estava unido em jejum e oração, e compreendi que isso é ser o Corpo de Cristo. Minha fé ficou mais forte porque percebi que não estou sozinha. Eu aprendi a amar mais meu país e a orar não só por mim, mas por necessidades maiores”.

Talvez a situação dos cristãos nesses países de maioria muçulmana não mude muito de agora em diante. Não há nenhuma garantia de que terão mais liberdade religiosa ou mesmo melhorias sociais, mas os jovens cristãos demonstraram que, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pela igreja nesses lugares, ela não está preocupada apenas com seus próprios interesses e tem procurado ser exemplo.


Marcelo Peixoto

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