Os cristãos no Egito esperam que os protestos no país resultem em maior liberdade para eles. Isto é dito pelo líder da igreja de George, que está envolvido no trabalho da Portas Abertas, no Egito. "As pessoas têm medo do futuro, já que este é um momento extremamente crítico. Mas nós confiamos em Deus, esperamos e oramos por um novo Egito, democrático e com liberdade para os cristãos."
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Igreja Copta Ortodoxa no Egito |
Apesar do envolvimento dos cristãos coptas nas manifestações, o Papa Shenouda III da Igreja Copta Ortodoxa pediu a eles para ficarem longe delas e, ao invés disso, se unirem em oração pelo país. O pastor George declarou: "Estou em contato com os membros da minha igreja que têm ido às ruas para protestar. Como cristãos somos também parte da sociedade egípcia e da comunidade e não podemos ficar longe de tudo isso.É importante para nós."
Após uma reunião de oração, George chegou à sua residência e declarou que não pode ir à igreja, mas que "em cada rua há uma mesquita aonde os muçulmanos podem ir, porém há poucas igrejas, e a maioria das pessoas fica insegura de frequentá-las", afirma.
Assim, os cristãos agora se reúnem em casas para orar, já que isto ainda é muito importante para a igreja. "É muito importante que oremos neste momento. Vemos que isso tudo pode conduzir a um Egito melhor e as coisas podem melhorar, mas ainda é incerto. Por isso, a oração é importante", diz George.
"Oramos pelo presidente, e não entendemos por que ele ainda não renunciou. Oramos para que ele faça o que é bom para o Egito e que saia no momento certo. As [nossas] reuniões são também momentos para falar sobre a situação e abrir nossos corações. Ouvem-se os tiros e pessoas são mortas nas ruas. Também há problemas com a questão dos nossos alimentos. A infraestrutura do país está sob pressão. É muito assustador não saber o resultado desta situação e como irá se desenrolar. Terça-feira (01) foi um dia importante, pois um milhão de pessoas foi às ruas para protestar."
O pastor George também compartilha que o trabalho dos parceiros da Portas Abertas no Egito chegou a um impasse. "Nossos colegas de trabalho e os voluntários não podem mais ir para seus ministérios ou trabalhar", afirma. “Estradas bloqueadas, falta de transporte público e um toque de recolher são empecilhos. Até agora não temos fundos para pagar por projetos ou fornecer aos nossos colaboradores dinheiro suficiente para fazer o seu trabalho.”
“Os bancos estão fechados há uma semana e os caixas eletrônicos estão vazios. Isso é um grave problema: quase tudo no Egito é com dinheiro vivo, que acabou. Preocupa-me: o que acontecerá quando todos ficarem completamente sem dinheiro, nos próximos dias? Por favor, orem pelo Egito, pela Igreja e pelos cristãos. Ore pelo presidente Mubarak".
Carla Priscilla Silva
Lembrando: o Egito é o 19° país onde mais se perseguem os cristãos, de acordo com a listagem da Missão Portas Abertas de 2011.
Oremos para que agora, com a renúncia do Presidente, que o novo governante seja mais tolerante, não somente com os cristãos, mas também com os judeus e o estado de Israel.
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