Não gosto de fazer doutrina em cima de um versículo sozinho, mas esse em particular tem me ensinado algo relevante. Depois de tudo pelo que Jó passou, depois de todo sofrimento e privação, ele ainda encontrou forças para orar pelos seus amigos, deu-se a interceder por eles. Nesse momento mudou o Senhor a sua vida.
Esse versículo não ensina necessariamente que toda vez que orarmos por outros seremos alcançados pelo favor de Deus, mas abre um precedente interessante - isso pode acontecer. Jó é um exemplo para mim, principalmente em dias de dificuldade e enfermidade.
Quer isso seja uma regra ou não, há algo que devemos aprender com Jó. Jamais, nunca mesmo, estaremos tão mal que não possamos orar pelos que nos rodeiam. Nunca estive tão mal quanto Jó, mas eu já perdi o ânimo para orar pelos outros e foquei em mim mesmo. Foi um erro, percebo isso. Se foi possível para Jó tem de ser possível para mim também. Independentemente de sermos intercessores fervorosos ou apenas moderados, temos de manter nossa vida de oração e nela incluir continuamente nossos irmãos, amigos, familiares, pastores, líderes, enfim os que nos rodeiam.
Jó foi alcançado enquanto se dedicava aos demais, o que não era obrigação sua. Jesus Cristo foi para cruz por nós, o que não era obrigação sua (o pecado era meu). E eu, o que tenho feito além daquilo que é apenas minha obrigação e meu dever? O que tenho empenhado para alcançar misericórdia para outros e não apenas para mim? Até quando deixarei de ser abençoado por ficar justamente buscando benção para mim mesmo?
É tempo de mudar o discurso e de se importar com os outros. Talvez, e somente talvez, isso faça mudar minha sorte como mudou a de Jó.
"Pai, fortalece-me para que eu me importe mais com os outros do que comigo mesmo, a bem de Te servir e Te agradar. Se em meio a isso aprouver ao Senhor me agraciar, aleluia. Se não, aleluia."
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