Mas será que realmente compreendemos o verdadeiro significado dessas palavras? da soberania de nosso Deus?
Esse foi um dos assuntos discutidos na aula que tive no CPM (Curso de Preparo Missionário), semana passada. Muitas vezes, temos a tendência de enxergar Deus sob uma ótica apenas de bondade - Deus é bom, supre as necessidades de seus filhos, guarda, abençoa, perdoa, etc. Outras vezes, podemos enxergar a Deus pela ótica da justiça - Deus é justo, Ele não tolera o pecado, disciplina a seus filhos, etc.
Mas precisamos aprender a enxergar Deus de uma forma equilibrada: Deus é bom, mas também é justo; é justo, mas também é bom. O mesmo Deus que supre todas as necessidades de seus filhos, também é o Deus que permite a privação; o mesmo Deus que disciplina nossos erros, também abençoa com generosidade e abundância.
Esse equilíbrio entre a bondade e a severidade de nosso Deus é o que caracteriza a sua soberania.
E foi isso que o Senhor me revelou (provavelmente em sonhos) no dia seguinte à aula. Despertei, de madrugada, com duas palavras se repetindo constantemente em minha mente - graça e disciplina. São duas palavras que, como vimos, refletem a essência da soberania de nosso Deus, pois descrevem o equilíbrio de Sua identidade. Essas duas palavras fluíram, logo em seguida, em um poema, um salmo que o Senhor colocou em minha alma para exaltar Sua soberania. E que compartilho aqui, com vocês...
Senhor, meu Deus, eu Te exalto com alegria.
Um novo dia amanheceu e Tuas misericórdias são renovadas!
Teu poder sustenta o Universo;
e a nós, Teus filhos, revelas a essência da Tua Soberania.
O conhecimento do Altíssimo abre os olhos do nosso entendimento.
Que maravilhoso é, Senhor, contemplar a Tua criação!
A Tua Soberania se revela a nós nos detalhes.
E essa essência inunda a minha alma:
A escuridão da noite e a brilhante luz do sol,
o luzeiro que estabelecestes como governador do dia,
se fundem em explosões de cores nos mais belos crepúsculos.
Esse mesmo sol, que tudo aquece,
se confunde com a chuva, que refresca a terra,
e um arco de cores atravessa os céus.
O gelado inverno e o quente verão também se misturam,
presenteando-nos com dias frescos e abundância de cores
nos meses de primavera e outono.
Perdoa-nos, Senhor, por nossa obstinação!
Quantas vezes limitamos nosso relacionamento conTigo!
Te louvamos porque és bom,
mas não te rendemos louvores quando as circunstâncias nos apertam...
Oh, quão tolos somos! Perdoa-nos, Pai!
Abre os olhos do nosso entendimento:
que possamos enxergar que maravilhosas cores há na essência da Tua Soberania!
Para, então, chegarmos a compreender a Tua Graça
- a graça infinda que nos leva mais perto do Trono;
mas não esquecermos a Tua disciplina
- disciplina de amor que nos ajuda a manter nossos olhos no Alvo,
o Trono do Soberano Senhor, que nos recebe e abraça como Pai.
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